terça-feira, 9 de agosto de 2011

Em Salgado/SE não se paga ainda o piso salarial

Desde que a lei 11738/2008 – a famosa lei do Piso foi sancionada pelo nordestino, e ex- presidente da República Lula, os professores da rede municipal de ensino da cidade de Salgado em Sergipe lutam pela implantação desse direito constitucional, e confirmado pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro para o descontentamento de governadores e prefeitos que não vêem a educação como investimento para o desenvolvimento do povo e muito menos valorizar os profissionais do magistério.

Enquanto dos professores das cidades de Boquim, Pedrinhas, Lagarto, Simão Dias, Tobias Barreto e Poço Verde recebem após muita luta o piso salarial que está em 1187 reais a prefeita Janete Barbosa paga aos professores apenas 2/3 de 950 (valor do ano de 2009) alegando não ter recursos.

Conforme dados da prefeitura passada para o FNDE em 2007 antes da lei do piso foram usados 79,98% dos recursos com professores, mas em 2010 (com a lei do piso desde 2008) somente com os professores foram usados apenas 64,74% dos recursos do FUNDEB – ou seja, aumentou a receita do município. De acordo com os dados do SINTESE mostrados na audiência na Câmara Municipal de Salgado no dia 04/08 (quinta-feira) se a prefeita pagasse o piso como manda a lei as despesas do FUNDEB com professores seriam em torno de 86% e não mais de 100% como vem dizendo o executivo municipal.

Um dos problemas que entravam a aplicação da lei do piso na cidade é o uso indevido de recursos onde foram encontrado pagamento de servidores de outros setores na folha do FUNDEB além da falta de transparência da folha de Manutenção e Desenvolvimento de Ensino (MDE) que nunca fora passada para o SINTESE. Além disso, há suspeita de compra de merenda escolar com valores acima do normal, falta de transporte escolar, péssimas condições de trabalho e precária infra-estrutura de escolas o que entre outros motivos está causa a evasão escolar.

Desde o dia 1º de agosto de 2011, os professores da rede pública municipal entraram em greve, e estranhamente a prefeita coloca carros de som chamando os alunos para retornar a escola, e que haveria transporte para os da zona rural onde antes da greve, em pleno período de aula não tinha porque os motoristas estavam sem receber seu salário.

Nesta quarta-feira (10/08) na Escola Durval às 19h haverá uma audiência entre os professores(SINTESE), vereadores e a prefeita para resolverem o impasse da greve e o pagamento integral do PISO SALARIAL DOS PROFESSORES.

A luta continua...

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